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Tratamento para cocaína em Goiás

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A cocaína, benzoilmetilecgonina ou éster do ácido benzoico, também conhecida por coca, é um alcaloideestimulante, com efeitos anestésicos utilizada fundamentalmente como uma droga recreativa. Pode ser aspirada, fumada ou injectada. Os efeitos mentais podem incluir perda de contacto com a realidade, um intenso sentimento de felicidade ou agitação.  Os sintomas podem envolver aceleração do ritmo cardíaco, transpiração e dilatação das pupilas. Quando consumido em doses elevadas pode provocar hipertensão arterial ou hipertermia. Os efeitos têm início dentro de alguns segundos ou minutos após a sua utilização e duram entre cinco e noventa minutos.

A cocaína é um estimulante do sistema nervoso central e um supressor do apetite. Actua por meio da inibição da recaptação de serotonina, noradrenalina e dopamina; isto traduz-se em maiores concentrações destes três neurotransmissores no cérebro. Pode atravessar facilmente a barreira hematoencefálica, podendo inclusive danificá-la. A cocaína é uma substância natural que se encontra nas folhas da planta Erythroxylum coca, que é cultivada sobretudo na América do Sul. Em 2013, foram legalmente produzidos 487 kg,[16] no entanto, estima-se que o valor da cocaína comercializada no mercado clandestino ronde os 88 a 500 mil milhões de dólares a cada ano. O crack pode ser produzido a partir de cocaína.

Depois da cannabis, a cocaína é o estupefaciente ilegal mais consumido a nível mundial, e calcula-se que entre 18 e 22 milhões de pessoas utilizaram a substância em 2014 com a América do Norte como seu principal consumidor, seguido da Europa e da América do Sul.[8] Estima-se que entre 1 e 3% das pessoas no mundo desenvolvido tenham experimentado a cocaína em algum momento da sua vida[8] e é responsável directa por milhares de mortes a cada ano. As folhas da coca têm sido utilizadas pelos habitantes do atual Peru desde a antiguidade. Só em 1860 é que a cocaína foi pela primeira vez isolada. Desde 1961 que se encontra incluída na Convenção Única sobre Entorpecentes internacional, com o propósito de combater o seu tráfico e consumo.

Usos

A cocaína administrada por via tópica pode ser usada como um anestésico local, tendo sido o primeiro desta classe farmacológica a ser usado, de modo a reduzir a dor em procedimentos cirúrgicos na boca ou nariz. Ela é um bloqueador dos canais de sódio nos neurônios dos nervos periféricos. O influxo de sódio desencadeia o potencial de ação e sem esse influxo são incapazes de enviar os seus impulsos. Os nervos sensitivos são geralmente os primeiros a ser bloqueados.

Além disso, a cocaína pode ser utilizada em cirurgias do ducto nasal e ducto lacrimal. Os principais efeitos colaterais do uso clínico são o potencial da cocaína em causar cardiotoxicidade, glaucoma e dilatação das pupilas. O uso médico de cocaína diminuiu, já que outros anestésicos locais sintéticos, como benzocaína, proparacaína, lidocaína e tetracaína, os quais possuem menor potencial adictivo, foram introduzidos no prática clínica. Caso a vasoconstrição seja necessária em um procedimento cirúrgico, o anestésico pode ser administrado em conjunto com um vasoconstritor, a exemplo da fenilefrina ou epinefrina. Na prática clínica, alguns otorrinolaringologistas utilizam a cocaína ao realizar procedimentos como a cauterização nasal. Neste caso, a cocaína é dissolvida e embebida em algodão, que é inserido nas narinas em até 15 minutos antes do procedimento cirúrgico. Assim, a cocaína desempenha uma função dupla, a capacidade anestética e a vasoconstrição sobre a área a ser cauterizada . Mesmo quando administrada dessa forma, a cocaína pode ser absorvida pelas mucosas orais e nasais e causar efeitos sistêmicos.

O cloridrato de cocaína de nome comercial Goprelto, que se trata de um anestésico tópico à base de éster, foi aprovado para uso médico nos Estados Unidos em dezembro de 2017, sendo indicado para indução de anestesia local em membranas mucosas, em casos de procedimentos diagnósticos e cirurgias que precisem de anestesia nas cavidades nasais de adultos. O cloridrato de cocaína de nome comercial Numbrino foi aprovado para uso médico nos Estados Unidos em janeiro de 2020.

Os efeitos colaterais mais comuns em pessoas tratadas com Goprelto são cefaleia e epistaxe Os efeitos colaterais mais comuns em pessoas tratadas com Numbrino são hipertensão, taquicardia e taquicardia sinusal.

Recreativos
A cocaína é um estimulante de alta potência que atua sobre o sistema nervoso central (SNC).[Quando aspirada, seus efeitos psicotrópicos se estendem de quinze minutos a uma hora. A duração dos efeitos da cocaína depende da dosagem da droga e da via de administração. Em geral, sua aparência é em forma de um pó branco e fino, com sabor amargo. O crack é uma droga derivada da cocaína, sintetizado através do processamento da cocaína com bicarbonato de sódio e água. A etimologia da palavra crack deriva dos estalos que a droga emite quando é aquecida.
O uso da cocaína aumenta o estado de vigília, causa sensação de bem-estar, euforia, estimula a atividade motora, gera sensação de autoconfiança e eleva a libido. Embora eleve a libido, dificulta a ereção do pênis.

Uma análise de correlação que avaliou o uso de dezoito drogas psicoativas concluiu que o uso de cocaína está ligado a outras drogas estupefacientes, como ecstasy ou anfetaminas, bem como com a heroína e as benzodiazepinas, de modo que a cocaína está fortemente associada com a dependência de polissubstâncias.

A cocaína administrada por via oral leva cerca de 30 minutos para entrar na corrente sanguínea. Normalmente, apenas um terço de uma dose oral é absorvido, mas esta absorção pode chegar a 60% em ambientes clínicos controlados. Dada a lenta taxa de absorção pela via oral, os efeitos fisiológicos e psicotrópicos máximos são atingidos em cerca de 60 minutos após a cocaína ser ingerida. Embora o início dos efeitos seja mais lento se comparado a outras vias de administração, estes são mais prolongados e se estendem por aproximadamente 60 minutos após o pico plasmático ser atingido.

Folhas de coca
Tradicionalmente, as folhas de coca são misturadas com uma substância alcalina (como o hidróxido de cálcio) e mastigadas em um chumaço (geralmente feito de algodão) que é retido na boca entre a gengiva e a bochecha e sugado aos poucos. Os líquidos embebidos no chumaço são absorvidos lentamente pelas mucosas da bochecha e pelo trato gastrointestinal. Alternativamente, as folhas de coca podem ser infundidas em líquido e consumidas como chá.

Como a cocaína sofre hidrólise, ela se torna inativa no estômago devido à acidez deste, e não é absorvida eficazmente quando consumida sozinha. Mas quando misturada com uma substância alcalina, a cocaína é absorvida pela corrente sanguínea através do estômago. A eficiência da absorção da cocaína administrada por via oral é limitada por fatores adicionais. Primeiro, a droga é apenas parcialmente metabolizada pelo fígado. Segundo, as terminações nervosas da boca e do esôfago se contraem após o contato com a droga, reduzindo a área de superfície sobre a qual a droga pode ser absorvida. No entanto, os metabólitos da cocaína podem ser detectados na urina de indivíduos que consumiram tão somente uma xícara de chá de infusão de folha de coca.

Tanto a ingestão por via oral quanto a insuflação resultam, aproximadamente, na mesma proporção da droga que é absorvida pelo organismo, que varia de 30 a 60%. Porém, em comparação com a ingestão oral, a absorção por via nasal produz os efeitos máximos da droga mais rapidamente. A insuflação da cocaína produz efeitos fisiológicos máximos por volta de 40 minutos e efeitos psicotrópicos máximos por volta 20 minutos. Os efeitos fisiológicos e psicotrópicos da cocaína insuflada se estendem por aproximadamente 40 a 60 minutos após o pico plasmático ser atingido.

O chá de coca, feito por infusão das folhas de coca, também é um método tradicional de consumo. O chá é frequentemente recomendado para turistas nos Andes para prevenir o mal da montanha.[36] No entanto, a eficácia deste tipo de uso ainda não foi estudada sistematicamente.

 

Insuflação

A insuflação ou administração nasal da cocaína (conhecida vulgarmente pela expressão "cheirar pó") é o método mais comum de consumo para fins recreacionais. A droga é absorvida pelas mucosas que revestem as terminações nervosas do nariz. Os efeitos eufóricos e estimulantes da cocaína, quando cheirada, começam em cerca de cinco minutos, de modo que a insuflação é mais lenta que a administração intravenosa. Este tempo de ação se deve ao efeito vasoconstritor sobre as terminações nervosas nasais, o qual retarda a absorção da cocaína, fazendo da aspiração uma via mais lenta que a injeção intravenosa. Ao cheirar cocaína, a absorção através das membranas nasais é de aproximadamente 30 a 60%, com doses mais altas levando a uma maior taxa de absorção. Qualquer material não absorvido diretamente através das membranas mucosas é coletado no muco e engolido (este "pigarro" é considerado agradável por alguns e desagradável por outros).
Em um estudo com usuários de cocaína, o tempo médio necessário para atingir o pico dos efeitos subjetivos foi de 14,6 minutos. Os danos causados no interior do nariz ocorrem porque a cocaína contrai fortemente os vasos sanguíneos e, portanto, diminui o fluxo de sangue e oxigênio desta área. As hemorragias nasais após a insuflação de cocaína se devem à irritação e danos das membranas mucosas por agentes de corte e adulterantes, e não à própria cocaína; pois como um vasoconstritor, a cocaína atua na redução de sangramentos.

Instrumentos frequentemente utilizados para insuflar a cocaína são cédulas de dinheiro enroladas, canetas, canudos cortados, pontas de chaves, colheres e as próprias unhas. Geralmente, a cocaína é despejada em uma superfície plana e firme, para em seguida ser dividida em linhas e ser insuflada. A quantidade de cocaína em cada linha varia de acordo com o usuário, o ambiente de consumo e a pureza da cocaína, mas se estima que uma dose padrão varie de 10 a 120 mg. Porém, conforme a tolerância aumenta, alguns toxicodependentes chegam a consumir até 5 gramas por dia, pois a tolerância à droga faz com que sejam necessárias maiores doses para que se atinjam os mesmos efeitos. Um estudo de 2001 relatou que o compartilhamento de canudos usados para insuflar cocaína é um fator de risco para contrair hepatite C.

Intravenoso
A injeção intravenosa de drogas, que consiste em dissolver a droga numa solução aquosa, é a via de administração que fornece os níveis mais altos de absorção da cocaína pelo organismo (pois possui maior biodisponibilidade), ao mesmo tempo que aumenta a intensidade dos efeitos e reduz sua duração. Os efeitos subjetivos da administração intravenosa de cocaína podem incluir um zumbido nos ouvidos logo após a injeção, que dura de dois a cinco minutos e pode ser acompanhado por distorção auditiva. Em termo vulgar, esse efeito é conhecido como "baque". Em estudo que avaliou trinta e dois usuários de cocaína, o tempo médio para que o pico dos efeitos fosse atingido foi de, em média, três minutos. A euforia passa mais rapidamente, dada a meia-vida biológica da cocaína injetada ser tão curta quando injetada. Além dos efeitos cardiotóxicos, também há possibilidade da cocaína causar embolia no sistema circulatório por conta das substâncias indissolúveis usadas como agentes de corte da droga. Assim como ocorre com outras drogas injetáveis, há um risco maior de que os usuários contraiam infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e outras doenças transmitidas através do sangue, principalmente por causa do compartilhamento ou reutilização de seringas. Além disso, como a cocaína é vasoconstritora e o uso entre os cocainômanos envolve múltiplas injeções seguidas, de modo que estas se tornam gradativamente mais difíceis de se administrar, o que pode gerar outras complicações, como a trombose.
Uma solução injetável que mistura cocaína e heroína, conhecida por speedball, é particularmente perigosa, pois os efeitos opostos das drogas podem mascarar sintomas de uma possível overdose. A mistura entre cocaína e heroína foi responsável por várias mortes por overdose, incluindo os atores John Belushi e Chris Farley, Mitch Hedberg, River Phoenix, o cantor Layne Staley e o ator Philip Seymour Hoffman. Em ensaios clínicos, a cocaína injetável pode ser aplicadas em animais, como nas moscas-da-fruta, para fins de estudo dos mecanismos de adicção da cocaína.


Inalação ou fumo
A inalação ou fumo da cocaína é outra via de administração pela qual a droga é consumida recreativamente. Por esta via, os efeitos estimulantes da droga se iniciam muito rapidamente, de 3 a 5 segundos. Por outro lado, a inalação de cocaína causa um encurtamento dos efeitos (5–15 minutos).A cocaína fumada é uma base livre, que se solidifica e se transforma no crack. Em estudo do Laboratório Nacional de Brookhaven, com base em autorrelatos de 32 pessoas que usaram cocaína por via inalatória, o pico dos efeitos foi atingido, em média, entre 30 e 84 segundos.Os produtos gerados pela pirólise da cocaína, que ocorre quando esta é fumada, mostraram alterações em seu perfil farmacológico, pois o éster metilanidroecgonina (EMA), que é produto da queima do crack, aumenta a dopamina nas regiões cerebrais do putâmen (CPu) e do núcleo accumbens (NAc), além de possuir maior afinidade com os recetores muscarínicos M1 e M3.

Geralmente, o fumo do crack ou da base livre de cocaína é realizado com cachimbos improvisados. Quando fumada, a cocaína pode ser ser combinada com outras drogas, como a cannabis . A cocaína em pó também é fumada algumas vezes, embora o calor degrade grande parte de sua estrutura química. A linguagem referente aos materiais e práticas relacionadas ao ato de fumar cocaína variam, assim como o teor de pureza da droga vendida nas ruas.


Efeitos colaterais
Uso agudo
Com o uso excessivo ou prolongado, a droga pode causar efeitos indesejáveis, como coceira, taquicardia, alucinações, delírios persecutórios e outros sintomas compráveis à psicose anfetamínica. Os sintomas de uma overdose podem envolver hipertemia (temperatura corporal demasiadamente alta) e hipertensão (elevação acentuada da pressão arterial, além de arritmia cardíaca e morte súbita

Ansiedade, paranoia e agitação psicomotora também podem ocorrer, especialmente quando os efeitos começam a diminuir. Em dosagens altas, foram observados tremores, convulsões e aumento da temperatura corporal. Eventos cardíacos adversos graves, particularmente uma parada cardíaca, são mais frequente em altas doses devido ao efeito da cocaína que bloqueia os canais de sódio.Estes efeitos podem ocorrer ou não após uma única dose baixa, mas são mais prováveis com o uso continuado e em doses altas:

Arritmias cardíacas: complicação possivelmente fatal.

Trombose coronária com enfarte do miocárdio (provoca 25% dos enfartes totais em jovens de 18-45 anos)

Trombose cerebral com AVC.

Outras hemorragias cerebrais devidas à vasoconstrição simpática.

Necrose (morte celular) cerebral

Insuficiência renal

Insuficiência cardíaca

Hipertermia com coagulação disseminada potencialmente fatal.

 

Em estudo de 2010 que classificou várias drogas com base em declarações de especialistas, o crack e a cocaína foram considerados a terceira e a quinta droga mais perigosas, respectivamente.


Uso crônico
O consumo crônico de cocaína causa desequilíbrios nos níveis dos neurotransmissores e efeitos associados à toxicidade crônica da droga. Este aspecto pode fazer com que os receptores desaparecem da superfície celular ou reaparecem nesta, de modo que altera seu perfil de ligação – através do que é chamado de suprarregulação e infrarregulação. No entanto, estudos sugerem que os usuários de cocaína apresentam atividade normal no transportador de dopamina (DAT), de modo que há evidência anedótica de que a cocaína tem propriedades neuroprotetoras para os neurotransmissores de dopamina.
Os possíveis efeitos colaterais do uso crônico, quando o efeito da droga cessa, incluem aumento do apetite, dores, insônia ou hipersonia, letargia, agitação ou retardo psicomotor, sonhos lúcidos e coriza. A depressão com ideação suicida também pode se desenvolver em usuários que fazem uso pesado da droga. Ainda, o consumo crônico da cocaína degrada os transportadores vesiculares de monoamina (como o VMAT2), os neurofilamentos e provoca outras alterações morfológicas, o que indica a possibilidade de serem causados danos neurológicos de longo prazo na regulação de dopamina. Todos esses fatores, incluindo os efeitos reforçadores contribuem para o aumento da tolerância à droga, que passa a exigir doses maiores a fim de que os efeitos pretendidos sejam alcançados.

A diminuição das quantidades de serotonina e dopamina no cérebro, que costumam se iniciar após o pico de efeito da droga, é uma das causas da disforia e da depressão após o uso. A retirada física da cocaína não desencadeia risco de morte e costuma ser menos intensa que a retirada de anfetaminas e benzodiazepinas.

Os efeitos colaterais físicos do uso crônico de cocaína em forma de crack incluem hemoptise (sangue expelido por tosse), broncoespasmos, coceira, febre, eosinofilia pulmonar e sistêmica, dor no peito, trauma pulmonar, dor de garganta, asma, voz rouca, dispneia (falta de ar) e sintomas semelhantes à gripe, como coriza e congestão nasal. A cocaína contrai os vasos sanguíneos, dilata as pupilas e aumenta a temperatura corporal, a frequência cardíaca e a pressão arterial. Também pode causar dores de cabeça e complicações gastrointestinais, como dor abdominal e náuseas. Além disso, a cocaína costuma causar ranger de dentes involuntário, sintoma denominado por bruxismo, que pode deteriorar o esmalte dos dentes e causar gengivite. Além disso, estimulantes como cocaína, metanfetamina e até mesmo cafeína causam desidratação e boca seca. Como a saliva é um mecanismo importante na manutenção do nível do pH oral, usuários crônicos de cocaína que não se hidratam adequadamente podem sofrer desmineralização em seus dentes devido à diminuição do pH oral. O uso de cocaína também promove a formação de coágulos sanguíneos. Esse aumento na formação de coágulos sanguíneos é atribuído à ação que a cocaína exerce sobre o ativador do plasminogênio tecidual e a um aumento no número, ativação e agregação das plaquetas.

O uso crônico por via intranasal (insuflação) degrada a tecido cartilaginoso que separa as narinas (septo nasal), podendo causar seu rompimento completo. Devido à transformação da cocaína por meio do cloridrato de cocaína, um ácido clorídrico diluído é formado no organismo.

A cocaína também pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças raras do tecido conjuntivo ou doenças autoimunes, como lúpus, síndrome de Goodpasture, vasculite, glomerulonefrite, síndrome de Stevens-Johnson entre outras datologiasonças.Também pode causar uma grande variedade de doenças renais, incluindo insuficiência renal.

 

Efeitos colaterais do uso crônico de cocaína

Ainda, o uso crônico de cocaína aumenta o risco de acidente vascular cerebral (AVC), tanto do tipo hemorrágico como isquêmicos, e o risco de ataque cardiaco. São comuns síndromes psiquiátricas como esquizofrenia e depressão profunda unipolar.

Outros efeitos a longo prazo são:

Perda de memória

Perda da capacidade de concentração mental

Perda da capacidade analítica.

Falta de ar permanente, trauma pulmonar, dores torácicas

Destruição total do septo nasal (se inalada).

Perda de peso até níveis de desnutrição

Cefaleias (dores de cabeça)

Síncopes (desmaios)

Distúrbios dos nervos periféricos (sensação do corpo ser percorrido por insetos)

Silicose, pois é comum o traficante adicionar talco industrial para aumentar seus lucros, fato verificado em necropsia, exame de hemogramas.

Durante a gravidez
A cocaína é conhecida por ter efeitos deletérios durante a gravidez. Pessoas gestantes que usam cocaína apresentam risco elevado de descolamento prematuro da placenta, uma condição em que a placenta se desprende do útero e provoca hemorragia. Devido aos efeitos vasoconstritores e hipertensivos, a cocaína também eleva o risco de hemorragia intracerebral e infarto agudo do miocárdio. A cocaína também é teratogênica, o que significa que pode causar patologias congênitas e malformações do feto. A exposição intrauterina à cocaína está associada a anormalidades comportamentais, prejuízo cognitivo, malformações cardiovasculares, restrição de crescimento intrauterino (RCIU), parto prematuro e malformações no trato urinário e na fenda labial e palatina do feto.

Toxicologia
Os sintomas de envenenamento pela cocaína referem-se sobretudo ao sistema nervoso central. Ela estimula os centros respiratórios, elevando a velocidade e profundidade da respiração.
Overdoses de drogas mataram mais de 70 000 americanos em 2017, com as overdoses de cocaína representando 13 942 destas mortes.

Há efeitos imediatos, que ocorrem sempre após uma dose moderada; efeitos com grande dose; efeitos tóxicos agudos que têm uma probabilidade significativa de ocorrer após cada dose; efeitos no consumidor crônico, a longo prazo.

A cocaína pode causar malformações e atrofia do cérebro e malformações dos membros na criança se usada durante a gravidez. Ela pode ser detectada nos cabelos durante muito tempo após consumo.[carece de fontes].

Padrões de uso
A cocaína tem o aspecto de um pó branco e cristalino (é um sal, hidrocloreto de cocaína). Pode ser consumida de várias formas, mas o modo mais comum é pela aspiração da droga, que normalmente se apresenta sob forma de pó. Alguns consumidores chegam a injetar a droga diretamente na corrente sanguínea, o que eleva consideravelmente o risco de uma parada cardíaca irreversível, causada por uma overdose.[carece de fontes]
A via intravenosa é mais perigosa devido às infeções. O crack é a cocaína alcalina, não salina e é obtido da mistura da pasta de cocaína com bicarbonato de sódio. O crack é conhecido nos Estados Unidos como "cocaína dos pobres e mendigos", produz maior prazer e efeitos mais pronunciados, também provocando alucinações. A via inalatória é de início mais insidioso, pode levar à necrose (morte por degeneração da células epiteliais ou outros tipos de degeneração de tecido) da mucosa e septo nasais. O crack é uma forma básica livre, que é fumada. Os seus efeitos são similares aos da via intravenosa.

Toxicodependência
A dependência de cocaína ocorre por meio de elevação da expressão génica da proteína ΔFosB no núcleo accumbens, que resulta em modificação pós-transcricional dos neurotransmissores presenyes do núcleo accumbens. Os níveis de ΔFosB aumentam com o uso de cocaína. Cada dose consecutiva de cocaína continua a aumentar os níveis de ΔFosB incessantemente. Níveis elevados de ΔFosB levam a aumentos nos níveis do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) que, por sua vez, aumenta o número de ramos e espinhas dendríticas presentes em neurônios do núcleo accumbens e em áreas do córtex pré-frontal do cérebro. Essa alteração pode ser identificada rapidamente e se prolongar por semanas após o último uso de cocaína. Conjuga-se com etanol, presente nas bebidas alcoólicas, formando cocaetileno, ainda mais tóxico.

As overdoses de cocaína são rapidamente fatais. Caracterizam-se por arritmias cardíacas, convulsões epilépticas generalizadas e depressão respiratória com asfixia.

Tratamento da toxicodependência
A dependência de cocaína é tanto em forma de dependência psicológica como física, que se desenvolvem a partir do uso crônico de cocaína, de modo que produz sintomas de abstinência após a cessação deste uso.

A cocaína não tem síndrome física bem definida (como por exemplo o da heroína), no entanto os efeitos da sua privação não são subjetivos. Após consumo durante apenas alguns dias, há universalmente: depressão (muitas vezes profunda), disforia (ansiedade e mal estar), deterioração das funções motoras, elevada perda da capacidade de aprendizagem, perda de comportamentos aprendidos. A síndrome psicológica da cocaína é extremamente poderosa. Há comprovações obtidas através de estudos epidemiológicos de que a cocaína é muito mais viciante que a maconha (cannabis), o álcool ou o tabaco.

A dose de cocaína ou outro estimulante é gradualmente diminuída. Se ocorrerem distúrbios psiquiátricos, devem ser tratados com antipsicóticos e antidepressivos. É possível que os agonistas do recetor da dopamina amantadina, sejam úteis no futuro, para minimizar as síndromes de privação.[carece de fontes]

A imunização ativa (vacina contra cocaína) é uma nova terapia que poderá ser promissora. Consiste em "treinar" o sistema imunitário para destruir a cocaína como se fosse um invasor.[carece de fontes]

Aparência
Uma porção de cloridrato de cocaína

Em sua forma mais pura, a cocaína possui um aspecto branco e brilhoso. A cocaína em pó é um sal, normalmente em forma de cloridrato. Geralmente, a cocaína vendida nas ruas é adulterada com agentes de corte, como talco, lactose, sacarose, glicose, manitol, inositol, cafeína, procaína, fenciclidina, fenitoína, levamisol, lidocaína, estricnina, anfetamina ou mesmo heroína.

A cor da cocaína em forma de crack depende de vários fatores, como a origem da droga, o método utilizado para sintetizá-la – com amônia ou bicarbonato de sódio – e seu grau de impurezas. Geralmente, a coloração varia do branco a um tom amarelado, mas também pode ter um aspecto marrom claro. Sua textura também varia a depender dos adulterantes, da origem e do processamento da cocaína em pó e do método de biossíntese da base livre. Pode variar de uma textura quebradiça, por vezes extremamente oleosa, a uma natureza de maior dureza e quase cristalina.

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